26 setembro 2010

eleições 2010

Recebi do meu tio, e divulgo.
A única coisa que não estou copiando do texto da prof. Helena, são os candidatos que ela escolheu e está recomendando (segundo ela, se Caetano pode, por que ela não poderia?)

PORQUE NÃO VOTO NA DILMA NEM NO PT

Durante mais de vinte anos, fui militante do Movimento Feminista, de Mulheres, do Movi Mento Negro e do PT. Ainda vivíamos numa ditadura. Como os sindicatos estavam proibidos fundamos o CEP Centro Estadual dos Professores. Lá embora sempre participante, eu era apenas, mais uma filiada.

Comecei na Faculdade (onde a maioria começa). Entre assembléias, atos públicos, passe atas, debates, reuniões, abaixo assinados, seminários e campanhas político-solidárias (como coletar absorventes íntimos para as sofridas mulheres cubanas, ou enviar mantimento para os nicaragüenses), dava aulas de datilografia no SENAC, ensinava história num curso noturno mantido pela CENEC (Campanha Nacional das Escolas Comunitárias), para atender jovens trabalhadores pobres e cursava História na UFF.

A luta justiça social e a prática da solidariedade aprendi no convívio com Jovens da Igreja Católica.

Minhas ações se baseavam na crença de que as melhorias nas condições de vida e de trabalho da população, são conseguidas através da organização dos grupos, para poder reivindicar pressionar, negociar e exigir direitos dos poderes, municipal, estadual ou federal.

Foi com este objetivo, que desenvolvi trabalhos nas Favelas, nas escolas, nos grupos de jovens católicos, nos sindicatos, nas associações de moradores, nos grupos de mães crecheiras, de aposentados, nos grêmios escolares. E onde quer que fosse convidada para discutir gênero e etnia lá ia eu voluntariamente, dar minha modesta contribuição para a organização das pessoas e dos grupos.

Estive em Encontros Feministas Nacionais e Latino-americanos, aqui e lá fora. No país participei de encontros, debates e seminários que discutiam a questão do gênero. Aprendi muito com as práticas, as viagens, as oficinas, os encontros as leituras afins, os debates as discussões e o contato com feministas históricas como a Maria José de Lima (a nossa Zezé), da saudosa dona Rute Cardoso, Rose Marie Muraro, Danda Prado, a Moema Toscano e a Marta Suplicy (antes de virar política), entre outras.

Internalizei um princípio básico do feminismo:

“O sofrimento e a humilhação impostos a uma mulher, em qualquer parte do mundo, também me atinge”.

As reuniões, os debates, os encontros, as discussões e a troca de experiências, no IPCN – Instituto de Pesquisa das Culturas Negras, no Rio, e posteriormente minha participação no Nzinga Coletivo de Mulheres Negras, me capacitam para algumas análises e reflexões sobre como Brasil trata as questões de gênero, étnica e a participação política partidária.

Tenho muito orgulho de ter feito parte da Comissão Executiva que organizou o 1º. Encontro Nacional da Mulher Negra em 1988, no Rio de Janeiro. Durante 03 dias em Valença, debatemos, trocamos experiências, divergimos, concordamos traçamos diretrizes, com 450 mulheres, repre- sentantes de 18 estados da federação.

Tenho muito orgulho de ter sido petista de carteirinha, que pagava dízimo (1% do meu salário mensal), e vendia bottons, camisetas, e outros suvenires, além de participar das campanhas de solidariedade aos povos oprimidos.

Acreditávamos, os que vínhamos dos movimentos sociais e das CEBs (comunidades eclesiais de bases) da Igreja católica,que com o dízimo, nosso partido seria independente e não precisaria do dinheiro dos empreiteiros, dos banqueiros e de todos aqueles que financiam candidatos que após eleitos, derrubam qualquer projeto, anulam qualquer lei, que vá atender a maioria da população, ou que contrarie os interesses daqueles que os financiaram.

Fui com o PT até 2005. Antes, já haviam alguns indícios de que alguma coisa não ia bem. Mas como? Não éramos o partido da ética, dos princípios morais, da honestidade e da transparência? Não era possível. Os escândalos do mensalão me obrigaram a abandonar o Partido cheia de vergonha, revolta, decepção e mágoa. Doeu tanto, que chorei 03 dias, mas me desfiz de tudo que me lembrasse ele.

Não me arrependo de nada do que fiz, e vivi. Naquela época, acreditando no que acreditava e naquelas condições era o que deveria ter feito. E fiz.

Hoje a situação é outra.

Um governo e um presidente que tiveram o maior apoio do povo, dos intelectuais de esquerda (que ainda acreditam que os trabalhadores mudarão o mundo), da Igreja Católica (a ala progressista) e de todos os que queriam uma sociedade menos corrupta, mais solidária e mais justa, vem destruindo todo o trabalho que levamos vinte anos para construir.

Sei que é muito difícil, o povo votar contra um governante que “veio do povo”, como se os outros tivessem vindo de Marte. Um homem que coloca e tira bonés (símbolos políticos) de acordo com a ocasião, diz palavras chulas, orgulha-se de não ter estudado (porque não quis, nem gosta), e posa de eterno perseguido pelas “elites”. Estas coisas mais que o identificam com o “povão”.

Sei que é muito difícil o povo votar contra um governo onde houve ganhos reais do salário mínimo, ampliação da transferência de renda (Bolsa Família), que não significa distribuição de renda, e a possibilidade real de consumir mais, mesmo a custa do endividamento crescente através do empréstimo consignado (desconto em folha para servidores e aposentados) e do cartão de crédito, que tem dado os maiores lucros aos bancos, às indústrias e ao comércio. Afinal se 85% da população brasileira pode comprar TVs e celulares, quem se importa com isto?

Porém a estabilidade econômica, moeda (Real) forte, controle da inflação, maior poder de compra do povo, quebra das patentes farmacêuticas e a fabricação do genérico (há casos dos medicamentos saírem pela metade do preço), a criação do melhor programa de prevenção da Aids do mundo, a Bolsa Escola (agora transformada em Bolsa Família), o aumento do número de crianças matriculadas nas escolas públicas, foram ganhos conseguidos através dos sucessivos governos pós ditadura. Desde o Collor, passando pelo Itamar, e principalmente do Fernando Henrique.

Em alguns setores a privatização foi extremamente benéfica. O fim do monopólio das telecomu nicações e da telefonia, por exemplo, permitiu que a maioria da população tivesse acesso aos computadores e aos telefones fixos e celulares. Até 1996, enquanto era estatal o serviço só atendia a 10% (?) da população. A privatização prejudicou a quem? Apenas aos que estavam encastelados no cabide de empregos que são as estatais e os que viviam do aluguel de telefones. E os prejudicados não perdoam.

Nada disso foi feito pelo “Nosso Guia”(como diz o Elio Gaspari. O presidente apenas se apropriou e segue fazendo o que deu certo, atribuindo à “herança maldita” (qual???) o que não consegue controlar, ou reverter.

Estas melhorias foram adquiridas ao longo do tempo, porque foram mantidas algumas diretrizes., governo após governo. E o senhor Lula antes de assumir em 2003, foi obrigado pelos credores (aqueles a quem nos devemos) a assinar a “Carta aos Brasileiros”, onde se comprometia a seguir a risca a política econômica do Fernando Henrique. Se não teríamos ido pro brejo.

E isto a propaganda não mostra. Não mostra que um país não se faz em 8 anos que a economia não se corrige em pouco tempo, mas através de intervenções políticas ousadas e de sucessivos governos. No nosso caso o do ex-presidente Fernando Henrique, que teve a coragem de romper com a lógica econômica de então.

Nunca antes na história deste país, um governante esteve tanto tempo no palanque, pedindo votos para todos que podem ajudá-lo a se manter no Poder. De onde não quer sair.

O PT e o presidente Lula, tem um projeto para ficarem no Poder 20 anos. Depois desse tempo não creio que haverá mais país. Terão se apossado de tudo, através do aparelhamento partidário do Estado.

O que o senhor presidente tem além da astúcia, cinismo,sede de revanchismo, é muita sorte. Até a conjuntura internacional o favoreceu.

Mesmo assim não resolveu o problema do saneamento básico: 48,5 da população brasileira não tem rede de água potável, nem rede de esgoto.

Nem conseguiu (ou não se interessou) tornar as rodovias brasileiras transitáveis. São enorme os riscos e os perigos para qualquer motorista. E constantemente vemos nos noticiários, as agruras porque passam os heróicos caminhoneiros de carga, que levam e trazem as mercado- rias que consumimos.

Tampouco, garantiu a nossa segurança enquanto cidadãos. Nosso direito de ir e vir está tolhido pelo medo dos assaltos com mortes, dos estupros dos seqüestros e da violência que se tornou geral. Cadê o plano e as verbas pra Segurança Pública?

"quando nasci um anjo torto, disse/ vai Helena ser gauche na vida"

(licença Drummond),

E por isto sou oposição. Com muito orgulho.

Sou oposição. Tenho vergonha, revolta e nojo de ninguém ter sido condenado pelo mensalão, pelo escândalo dos Correios, pelos dólares na cueca, pela quebra do sigilo fiscal do caseiro Francenildo (amanhã pode ser qualquer um de nós), pela compra de parlamentares, pelo escândalo das ambulâncias (sanguessugas), pelo assassinato dos prefeitos petistas Celso Daniel (Santo André) e Toninho (Campinas), porque se negaram a participar das maracutaia que existem em torno da coleta municipal do lixo,

Sinto vergonha de saber das perseguições sofridas por funcionários de outros partidos, nas prefeituras petistas, como aconteceu em Barra Mansa – minha cidade.

Isto sem listar os escândalos financeiros ( como o fato do Lulinha, filho do presidente ter se tornado milionário da noite pro dia e sócio (?) do Daniel Dantas), pelo envolvimento da dona Erenice, a ministra da Casa Civil, nos últimos escândalos (toda a família, parentes e amigos empregados por ela, no governo. Listados são mais de 100 (cem) os escândalos, envolvendo diretamente o PT, o governo e a famigerada base aliada.

Como sou oposição a tudo o que aí está:

1.Não votarei em Dilma. Não é porque ela é ex-guerrilheira. Mas porque consta nos anais da História, que seu grupo político assassinou pelo menos 05 (cinco) jovens, que nada tinham a ver com a luta política. Alguns eram jovens servindo a Pátria, e que estavam montando guarda na hora errada, quando os “revolucionários” invadiram o quartel. Ela nunca tocou no assunto, nem pediu perdão aos familiares das vítimas. É como se isto não tivesse acontecido. (1)

Em tempo: os assassinados pelos guerrilheiros não são considerados vítimas da ditadura, portanto não tiveram nem têm direito a indenização. Assim como os miseráveis camponeses, do Araguaia,( (m nome de quem os nossos guerrilheiros diziam lutar), que ficaram entre dois fogos: de um lado os militares, de outro os guerrilheiros.

Apanharam, foram torturados e mortos pelos dois lados. Indenização? Nenhuma. Eles não faziam luta política, mas tiveram suas vidas destroçadas Alguns enlouqueceram. Mas, o que fazer? Eles não eram membros dos grupos da esquerda revolucionária. (2)

2. Não votarei em Dilma, porque até hoje ela não explicou o que fez com de U$ 1 milhão (isto mesmo, dólares), que roubou do cofre do ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros.

O assalto foi na casa da amante dele no Rio de Janeiro. Seu grupo político afirmou que o roubo foi em nome do povo. Mas, por acaso o “povo” viu um centavinho do milhão? E onde foi parar a dinheirama? (3)

3. Não votarei em Dilma, no PT, nem da base aliada, porque repudio o único projeto que eles tem. O projeto de PODER.

A escolhida ou ungida do presidente, fará (na cabeça dele), apenas um mandato tampão, para ele voltar triunfante em 2014, e se possível ficar eternamente no cargo. Por isto admira tanto o Chaves, vive beijando a mão do ditador Fidel, dá guarida para o corrupto e corruptor Dirceu, e perdoa todos corruptos, corruptores, mensaleiros guardadores de dinheiro nas partes íntimas, assassinos, aloprados e aprendizes de feiticeiro, que fazem parte do seu (des) governo.

Não é a toa que a coligação do PT, tem 10 partidos. Alguns de m#*&+^da.

Por conta destes partidinhos votamos num deputado que recebe 15 mil votos e entra um que só teve 200.

Por conta do tal “coeficiente eleitoral” ilustres desconhecidos são suplentes de senadores, sem terem recebido um votinho sequer. Cadê a Reforma Política e Partidária que o presidente dizia alto e bom som que faria? Por que mudou de assunto, assim que chegou ao Poder?

Porque não interessa nem a ele nem aos coronéis que mandam. Lula é excelente aluno. Aprendeu rápido com a corja dos Sarneys, dos ACMs, dos Collor, dos Renans, dos Jader Barbalhos da nossa triste história política.

4. Não votarei em Dilma, no PT, nem na base aliada, porque a história do Brasil não começou em 2003 como o presidente quer fazer o povão acreditar.

5. Não votarei em Dilma, no PT nem na base aliada porque pretendem:

*a re-estatização da economia, ou seja o governo controlando todos os setores produtivos e tomando como modelos, a Albânia, Cuba, Coréia do Norte, países de excepcional crescimento, econômico, alto desenvolvimento tecnológico e onde a população usufrui de irrestrita liberdade;

* controlar a vida privada de cada cidadão. O governo não tem que dizer como educo meus filhos, sobrinhos afilhados ou netos,

* incluir na Constituição o Racismo, através do Estatuto da Igualdade Racial (algo que nunca tivemos inscrito em nenhuma das nossas Constituições). Insisto em afirmar que como não sou égua, cadela ou gata, não pertenço a nenhuma raça. A não ser a Raça Humana.

6. Não votarei em Dilma, no PT, nem na base aliada, porque os três poderes da República

estão sendo constantemente desmoralizados por este (des) governo.

O presidente se mete em tudo. Compra parlamentares de todos os partidos, Dá palpites na atuação do Congresso, Ignora as leis do Judiciário e nomeia para o supremo Tribunal Federal (STF) a mais alta instância do Poder Judiciário, pessoas que respondem a processo no Amapá, não tem nem Mestrado, mas são filiadas ao PT. Como o tal do ... Toffoli

7.Não votarei em Dilma, no PT nem na base aliada, porque o maior feito político deste (des) governo, foi desmobilizar despolitizar e infantilizar a sociedade brasileira.

As organizações da sociedade civil: os grupo de Mulheres, de Negros, de Gays, de Deficientes Físicos, Ecológicos, a UNE e diversas Associações (aposentados, das donas de casa e etc.) foram transformadas em ONGs, e cooptadas pelo governo para não protestar e não reclamar de nada. Recebem vultuosas verbas e cargos para ficarem caladas. Então ninguém se queixa de nada, ninguém vai pras ruas, nem entra com pedidos no Ministério Público, nem faz abaixo assinado. Não há protestos, não há atos públicos, não há passeatas. É a doce paz dos cemitérios.

8. Não votarei em Dilma, no Pt, nem na base aliada, porque acredito que a alternância no Poder é fundamental para a existência e fortalecimento da Democracia. Para isto há as eleições.

9. Não votarei em Dilma, no PT nem na base aliada.,porque condeno inchaço do estado. São 37 ministérios. Alguém sabe seus nomes e dos respectivos ministros? E a contratação de 200 mil novos funcionários federais com super-salários não condizente com as tarefas que executam?

10. Não votarei em Dilma, no PT nem na base aliada, porque me formei em meio a uma ditadura. A dos Generais.

Não será com meu voto que implantaremos uma ditadura branca no país. Não quero uma Venezuela, ou uma Cuba, ou uma Coréia do Norte e nem laços estreitos com o ditador do Irã.

Tem gente que acredita ou se ilude que este (des) governo é de esquerda. Como? Onde? Quando?

Nunca antes na história deste país, os bancos e os empresários lucraram tanto, e estiveram tão tranqüilos e felizes. Está explicado porque a campanha da candidata Dilma, arrecada milhões a mais que os outros candidatos.

- O BMG era um banquinho, depois do Marcos Valério, do caixa 2 e dos empréstimos consignados transformou-se num Bancão. Você sabia?

Nunca antes na História deste país, os Direitos Universais, estabelecidos na Declaração dos Direitos do Homem de 1789, bandeiras históricas das esquerdas, como escola e saúde públicas e de qualidade para todos, foram tão aviltadas. Basta trabalhar, ou ter filho/a numa escola pública ou procurar um hospital público e/ou um posto de saúde.

Infelizmente, a oposição não consegue contar esta história. É como se tivessem vergonha de tudo o que fizeram, ou renegassem o passado. Uma grande pena. E uma grande perda pra todos nós. Na minha avaliação, o maior erro do PSDB no governo, foi instituir a reeleição. Ao “comprar” parlamentares para conseguir a aprovação do projeto abriram um precedente. Mexer na Lei Máxima do país, para atender a interesses de qualquer governante, é sempre perigosíssimo para a Democracia. Deu no que deu.

Daí, que falta às oposições se apresentarem como oposição. De fato. Apresentarem seus projetos de governo e o que pensam para o País, para a Nação e para o Estado. Apresentarem-se para debater e defender suas idéias. Narrar a outra versão da História. Ora isto não interessa a quem está ganhando ou que está no poder, mas é de fundamental importância para quem pretende chegar lá.

Nunca fui PSDBista. pelo contrário fui petista de carteirinha e doutrinada para acreditar que “aquele partido paulista” era um antro de intelectuais elitistas que acreditavam saber o que era bom pro povo.

Hoje, tenho clareza, que no momento, o partido que tem um projeto mais consistente de Governo, de País, e de Estado é o PSDB, com todos os seus erros e acertos. É por conta disto, que embora arrotando valentia e independência os petistas “revolucionários da própria causa” seguiram a risca a política econômica dos governos anteriores, principalmente do Fernando Henrique Cardoso, que eles invejam e odeiam.

O presidente que perdeu a noção de decência, de ética de valores e do lugar que ocupa (a liturgia do cargo de que falava Sarney) transformando-se em garoto propaganda dos candidatos que lhe interessam, já canta vitória de que ganhará no 1º. turno e fará maioria na Câmara dos Deputados, graças às alianças com os partidinhos de m*&¨%$#a.

Por isto trabalho para que a gente consiga eleger senadores da oposição, para equilibrar o poder no Congresso. Do contrário o próximo presidente terá o controle absoluto do Legislativo. Como o Chaves, na Venezuela, ou o Fidel em Cuba, ou como o sanguinário presidente da Coréia do Norte. Eu não quero isto para o Brasil

Beijo amigo,

Helena Maria de Souza

Profa. de História da rede pública do Rio

Nenhum comentário: